Depois das grades: o longo e desigual caminho da reinserção social em MoçambiqueA recente reportagem publicada pelo MISA Moçambique aborda com sensibilidade e rigor os desafios enfrentados por pessoas libertas do sistema prisional no país. Em um contexto de profunda desigualdade social, o retorno à liberdade raramente significa um verdadeiro recomeço: persistem o estigma, a exclusão e a ausência de políticas públicas voltadas para a reintegração. O texto dá voz a diversos/as intervenientes com experiência direta na área da justiça e da reinserção. Entre eles, Tina Lorizzo, da REFORMAR, chama atenção para a forma como o sistema continua a punir — ainda que indiretamente — pessoas que já cumpriram sua pena, sobretudo quando se trata de jovens, mulheres e pessoas em situação de pobreza. Lorizzo sublinha que, sem um compromisso real do Estado com a reinserção, o ciclo de exclusão apenas se renova. Essa visão é partilhada por outras fontes da reportagem, que apontam a necessidade urgente de repensar o papel das instituições, das comunidades e da sociedade civil na construção de percursos de reintegração mais justos e sustentáveis.https://admin.reformar.co.mz/noticias/depois-das-grades-o-longo-e-desigual-caminho-da-reinsercao-social-em-mocambiquehttps://admin.reformar.co.mz/noticias/depois-das-grades-o-longo-e-desigual-caminho-da-reinsercao-social-em-mocambique/@@download/image/Screenshot 2025-07-10 152913.png
Depois das grades: o longo e desigual caminho da reinserção social em Moçambique
A recente reportagem publicada pelo MISA Moçambique aborda com sensibilidade e rigor os desafios enfrentados por pessoas libertas do sistema prisional no país. Em um contexto de profunda desigualdade social, o retorno à liberdade raramente significa um verdadeiro recomeço: persistem o estigma, a exclusão e a ausência de políticas públicas voltadas para a reintegração. O texto dá voz a diversos/as intervenientes com experiência direta na área da justiça e da reinserção. Entre eles, Tina Lorizzo, da REFORMAR, chama atenção para a forma como o sistema continua a punir — ainda que indiretamente — pessoas que já cumpriram sua pena, sobretudo quando se trata de jovens, mulheres e pessoas em situação de pobreza. Lorizzo sublinha que, sem um compromisso real do Estado com a reinserção, o ciclo de exclusão apenas se renova. Essa visão é partilhada por outras fontes da reportagem, que apontam a necessidade urgente de repensar o papel das instituições, das comunidades e da sociedade civil na construção de percursos de reintegração mais justos e sustentáveis.