Morte dos reclusos, no Estabelecimento Penitenciário Distrital de Milange, na Província de Zambézia.A REFORMAR participou, no dia 22 de Junho de 2022, do programa Linha Aberta do canal STV, juntamente com o Jurista Sérgio Quehá. O debate do programa teve como objecto, a morte dos reclusos que ocorreu no passado dia 15 do corrente mês, no Estabelecimento Penitenciário (EP) Distrital de Milange, na Província de Zambézia. A responsabilização do agente penitenciário que causou as mortes, as eventuais causas que levaram os reclusos a praticar a tentativa de fuga e o enquadramento legal do uso da força, foram os pontos chave do debate. Como avançou a Dra.Tina Lorizzo, podem ser várias as causas que levam os reclusos a optarem pela tentativa de fuga, entre elas a insatisfação ligada à falta de resposta do sistema da administração de justiça à própria situação processual, e ao tratamento durante o encarceramento. Para que isso seja evitado, a magistratura judicial e o Ministério Publico, os defensores públicos e a administração penitenciária devem trabalhar juntos para responder aos desafios constantes do sistema da justiça. É preciso lembrar que as penitenciárias do país estão superlotadas e o EP de Milange tem uma superlotação de 200% (cerca de 300 reclusos com uma capacidade para 100 pessoas). No mesmo EP. também, apenas dois eram os agentes em serviço, informações que deixam claro que é preciso trabalhar no aumento do número de agentes penitenciários nos EPs, na formação deles também em matéria de uso da força e gestão de eventos como evasões e protestos. O quadro internacional e doméstico é claro sobre o uso da força por parte de agentes penitenciários, algo que deve ser proporcional, necessário e justo respeito à força a vencer. A perda de vidas humanas é um evento triste e é necessário responsabilizar quem actou fora deste quadro. Entretanto é necessário trabalhar para que estes acontecimentos sejam evitados através do trabalho de todos.https://admin.reformar.co.mz/noticias/a-reformar-participou-no-dia-22-de-junho-de-2022-do-programa-linha-aberta-do-canal-stv-2https://admin.reformar.co.mz/noticias/a-reformar-participou-no-dia-22-de-junho-de-2022-do-programa-linha-aberta-do-canal-stv-2/@@download/image/290005965_5199852433426618_6601737603129116394_n.jpg
Morte dos reclusos, no Estabelecimento Penitenciário Distrital de Milange, na Província de Zambézia.
A REFORMAR participou, no dia 22 de Junho de 2022, do programa Linha Aberta do canal STV, juntamente com o Jurista Sérgio Quehá. O debate do programa teve como objecto, a morte dos reclusos que ocorreu no passado dia 15 do corrente mês, no Estabelecimento Penitenciário (EP) Distrital de Milange, na Província de Zambézia. A responsabilização do agente penitenciário que causou as mortes, as eventuais causas que levaram os reclusos a praticar a tentativa de fuga e o enquadramento legal do uso da força, foram os pontos chave do debate. Como avançou a Dra.Tina Lorizzo, podem ser várias as causas que levam os reclusos a optarem pela tentativa de fuga, entre elas a insatisfação ligada à falta de resposta do sistema da administração de justiça à própria situação processual, e ao tratamento durante o encarceramento. Para que isso seja evitado, a magistratura judicial e o Ministério Publico, os defensores públicos e a administração penitenciária devem trabalhar juntos para responder aos desafios constantes do sistema da justiça. É preciso lembrar que as penitenciárias do país estão superlotadas e o EP de Milange tem uma superlotação de 200% (cerca de 300 reclusos com uma capacidade para 100 pessoas). No mesmo EP. também, apenas dois eram os agentes em serviço, informações que deixam claro que é preciso trabalhar no aumento do número de agentes penitenciários nos EPs, na formação deles também em matéria de uso da força e gestão de eventos como evasões e protestos. O quadro internacional e doméstico é claro sobre o uso da força por parte de agentes penitenciários, algo que deve ser proporcional, necessário e justo respeito à força a vencer. A perda de vidas humanas é um evento triste e é necessário responsabilizar quem actou fora deste quadro. Entretanto é necessário trabalhar para que estes acontecimentos sejam evitados através do trabalho de todos.